sábado, 3 de fevereiro de 2007

Ser Administrador de Empresas exige um profissional com flexibilidade

Publicado em 24/01/2007 - 00:01 Por Silvia Angerami Ao observador apressado, pode parecer que a carreira de Administrador de Empresas, embora abra um enorme leque de oportunidades no campo profissional, tenha apenas um objetivo: aumentar o lucro das empresas. Mas não é assim. A flexibilidade é uma das características mais marcantes dessa carreira, pois o administrador se encaixa em qualquer tipo de organização, desde aquelas mais voltadas ao lucro, até organizações sem fins lucrativos, fundações, empresas do setor público ou privado. Para o professor Isak Kruglianskas, chefe do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (Universidade de São Paulo), o campo de oportunidades que se abre a esse profissional é bem vasto. "Mas existem muitas escolas também. O número de pessoas que se formam nessa área é igualmente muito grande", destaca. De fato, existem hoje no Brasil, de acordo com o MEC (Ministério da Eduação), 601 cursos de graduação em Administração de Empresas. A carreira tem bastante demanda e potencial, porque mantém um alto nível de empregabilidade, oferece oportunidades variadas, mas a oferta de profissionais é também muito grande. "Outra vantagem da carreira é a possibilidade que dá ao administrador de fazer um trabalho muito variado, porque em cada nível da organização, ele fará coisas diferentes", discorre Kruglianskas. "No começo da carreira, o profissional faz atividades mais técnicas. Mas à medida que vai subindo para o nível mais estratégico, começa a ter a responsabilidade de fazer grupos de pessoas produizirem resultados, esse é o grande desafio do administrador", aponta o professor Kruglianskas. "Em todo lugar onde existe gente que deve produzir resultado, normalmente há um administrador para ajudar nesta meta", acrescenta. Para entender porque o professor está certo, basta procurarmos a definição da palavra administração. Encontraremos a informação que ela vem do latim: é a união de ad (direção, tendência para algo) e minister (pessoas), e designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. Profissional do Futuro No final do ano passado, a professora Ana Cristina Limongi França, do Departamento de Administração da FEA-USP, iniciou uma pesquisa sobre o perfil do profissional do futuro nas área de Economia, Administração e Contabilidade, com base nas novas exigências que se estão delineando no mercado de trabalho. Por um lado, o mercado exige novos profissionais, mas por outro, os estudantes também cobram da carreira uma postura social mais responsável. O administrador tem pelo menos três funções sociais, de acordo com Rômulo Cristaldo, bacharel em Administração na UFBA (Universidade Federal da Bahia), pós-graduando em Metodologia e Didática do Ensino Superior na Faculdade São Bento de Salvador e aluno especial do programa de graduação da Faculdade de Economia da UFBA. Segundo ele, essas funções seriam: "a de moldar a utilização dos recursos dentro de uma sociedade hierarquizada; a de gerir o complexo produtivo em função das demandas sociais de longo prazo; e a de oferecer uma abordagem do fato sócio-econômico que compreenda suas nuances complexas se estendendo às relações de trabalho, a produção, a distribuição e ao poder".

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